PRINCÍPIO E PRÁTICA DA HOLOGRAFIA As propriedades de interferência entre ondas
luminosas são aproveitadas na holografia para o registro direto
(o "congelamento") da luz recebida por um plano, onde está situado
o filme fotográfico de alta resolução, dotado de 3.000
linhas por milímetro (os filmes comuns resolvem, no máximo,
cem linhas/milímetro). O processo se baseia na gravação
de uma grade de interferência no filme através da incidência
simultânea de dois feixes de raios laser (figura 2a), o que permite
a reconstrução posterior de um deles a partir da iluminação,
com o outro, do filme revelado (figura 2b).
Na tomada de um holograma, um dos feixes foi dirigido antes ao objeto
que se deseja reproduzir, gerando, no filme, uma interferência mais
complexa, que constitui um código microscópico capaz de guardar,
inclusive, a informação da direção de incidência
da luz (figura 3a).
Por meio de outras técnicas holográficas
secundárias, poderemos conseguir que a reconstituição
seja feita por meio da luz branca comum, bem como obter uma montagem de
cenas consecutivas, que resulta em animação. Nos casos mais
simples, os objetos só podem ser corpos perfeitamente rígidos
e estáticos, limitação que pode ser superada através
do uso de lasers pulsados, de alta potência, que permitem "congelar"
o movimento num holograma ultra-rápido, ou então por meio
da composição de muitas fotografias comuns num mesmo holograma,
o que leva à recuperação da tridimensionalidade.
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