Desafios para o IFGW do Século XXI

Carlos H. de Brito Cruz

Carola Dobrigkeit Chinellato


O ponto de partida é que temos um instituto com docentes, alunos e funcionários muito bem qualificados e dedicados. Um instituto que contribui intensamente na formação de pesquisadores essenciais para o desenvolvimento da ciência brasileira. É uma unidade prestigiada na Unicamp, tendo freqüentemente docentes em postos de destaque na administração acadêmica, dona do maior orçamento de custeio da universidade e com posição destacada na distribuição orçamentária qualificada. O IFGW tem também intensa participação na física brasileira, tendo vários de seus docentes participado ou participantes da Diretoria e Conselho da SBF, órgãos superiores e assessorias de agências de fomento à pesquisa e de educação superior. Mesmo assim o IFGW pode se desenvolver muito mais. O ambiente de trabalho no IFGW tem se deteriorado desnecessariamente, principalmente devido a disputas resolvidas de maneira pouco objetiva, muitas vezes sujeitas a idiossincrasias e conjunturas momentâneas. É preciso reverter este quadro, construindo um ambiente verdadeiramente acadêmico, onde a liberdade acadêmica, a diversidade e a qualidade, da vida e do trabalho, tenham espaço garantido. Um ambiente onde a criação de conhecimento e sua transferência aos estudantes se dê de maneira efetiva e cada vez mais intensa. Para isto é preciso uma diretoria com forte ênfase acadêmica e que crie as condições para a participação ampla de todos na construção do futuro do IFGW. Só assim garantiremos o desenvolvimento do instituto e sua plena realização como instituição de ensino superior e de pesquisa de nível internacional.


  1. O futuro do IFGW: um Planejamento Estratégico do instituto
  2. A liberdade acadêmica e o compromisso com a qualidade
  3. Critérios explícitos e legitimados pela comunidade
  4. Valorização da atividade docente: desenvolver uma metodologia para aferição da qualidade do ensino
  5. A qualidade dos estudantes: aumentar a relação candidato-vaga no vestibular
  6. As perspectivas profissionais I: modalidade de graduação (ou especialização) em Física Médica
  7. A multidisciplinaridade, a formação abrangente e a ética: Formação fundamental - Redação, Filosofia da Ciência e Ética do Cientista
  8. Educar cientistas: aumentar o número de bolsas de IC e o Trabalho de Graduação
  9. A infra-estrutura: organizar com os departamentos e CPG a aplicação efetiva dos recursos de Reserva Técnica da Fapesp e da Capes para manter/melhorar a infra-estrutura
  10. Esforço permanente para a qualificação dos funcionários
  11. A interação com a empresa: organizar periódicamente simpósios e workshops conjuntos com empresas - Cursos de Extensão
  12. A interação com a sociedade: contribuir à educação em ciências
  13. A formação do pós-graduando: Buscar mais alunos - Oportunidades para treinamento didático dos pós-graduandos – Serviço de Assistência Didática
  14. As perspectivas profissionais II: Colocação Profissional - Iniciação Científica na Empresa – Empresa Júnior
  15. A contribuição à Unicamp: Recuperar a importância das disciplinas básicas para as engenharias
  16. Informatização dos serviços

  1. O futuro do IFGW: um Planejamento Estratégico do instituto
  2. Já é hora de fazermos um esforço institucional para estabelecermos como queremos construir o futuro do IFGW. Quais os objetivos que esperamos cumprir, quais os meios que temos para isto, quais os meios que precisamos ainda desenvolver, como desenvolvê-los? Estas e várias outras perguntas análogas motivam várias respostas diferentes em nosso instituto e é bom que seja assim – esta variedade de opiniões é um elemento integrante da diversidade acadêmica que se espera numa instituição universitária viva e pulsante. Precisamos estimular a discussão institucional destas questões para que um plano de vôo para o IFGW seja traçado determinando as diretrizes macroscópicas da vida institucional. Sem isto, o varejo das urgências do dia a dia elimina a possibilidade de qualquer planejamento racional.

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  3. A liberdade acadêmica e o compromisso com a qualidade
  4. Um valor fundamental em qualquer instituição universitária deve ser a liberdade acadêmica, delimitada apenas pelo compromisso com a qualidade. O respeito à liberdade acadêmica exige que em todas as avaliações se utilizem indicadores adequados à especificidade de cada uma das áreas de atividade. O compromisso com a qualidade pressupõe a exposição das atividades à avaliação pelos pares. A busca do conjunto adequado de indicadores não é um problema trivial, requerendo extremo cuidado para que não se exportem indicadores quantitativos de uma área para outra onde eles podem não fazer sentido. Requer também a permanente explicitação destes indicadores e o desenvolvimento de uma cultura integradora na comunidade, onde cada um se esforce por entender o valor do trabalho dos demais.

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  5. Critérios explícitos e legitimados pela comunidade
  6. Na carreira docente é importante definir claramente os perfis mínimos desejados para cada nível. No aspecto quantitativo deve-se dar prosseguimento à deliberação da Congregação que determina o levantamento destes indicadores, em cada departamento do IFGW, de dois em dois anos. A existência destes indicadores quantitativos é essencial para que os docentes bem como os membros de bancas e comissões tenham clareza dos referenciais institucionais realmente existentes Só assim os referenciais deixarão de ser virtuais e por isso sujeitos às interpretações e idiossincrasias individuais. Além disso é necessário definir critérios que permitam a efetiva consideração de outras atividades que são importantes par aa instituição nas avaliações, em particular a atividade didática que precisa ser muito mais prestigiada.

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  7. Valorização da atividade docente: desenvolver uma metodologia para a aferição da qualidade do ensino
  8. O grande obstáculo à valorização da atividade docente não é a vontade de fazê-lo – há anos que se fala nisto na Unicamp e em outras universidades. O problema é desenvolver uma metodologia par aferir a qualidade daquilo que ser quer valorizar, pois valorizar a docência não é valorizar a quantidade, mas a qualidade da atividade. O IFGW deve estudar esta questão, com o objetivo de criar uma metodologia destinada a esta aferição. Esta aferição de aulidade é fundamental para evitar que caiamos no "horismo": aferir a atividade didática exclusivamente pelo número de horas aulas lecionadas.

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  9. A qualidade dos estudantes: Aumentar a relação candidato-vaga no vestibular
  10. A relação candidato:vaga para os cursos oferecidos pelo IFGW já foi de 8,6:1, em 1990. Daí em diante veio decrescendo ano a ano, chegando a aproximadamente 4:1 em 1997. Deve ser dito que o mesmo tem ocorrido com todos os demais cursos de física do Brasil. Esta baixa concorrência faz com que os alunos admitidos tenham formação muito heterogênea, o mesmo acontecendo com seu interesse pela carreira. O exame dos dados dos vestibulares recentes demonstra que os vinte ou trinta primeiros colocados na carreira 51 (cursão) tiraram nota suficiente para entrar em qualquer outra carreira da Unicamp. Há espaço para aumentarmos a relação candidato:vaga, especialmente porque pouco tem sido feito neste sentido – um bom exemplo de como as urgências do varejo diário deslocam os objetivos estratégicos.

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  11. As perspectivas profissionais I: modalidade de graduação (ou especialização) em Física Médica
  12. Um dos ingredientes que conspira para o limitado interesse no curso de física é a restrição quanto à colocação profissional. A perspectiva de uma carreira acadêmica nem sempre é a mais estimulante, especialmente numa conjuntura de incertezas econômicas, de desemprego crescente e de crise nas universidades. As oportunidades de colocação para físicos na indústria ainda são muito reduzidas no Brasil, visto que poucas empresas realizam esforços próprios de P&D. Mas há um nicho profissional que é o do especialista em física médica, que é necessário para supervisionar equipamentos de raios X, tomografia, imageamento e outros em instalações médicas. Estes profissionais devem ser físicos com alguma especialização em medicina (especificada pela Associação Brasileira de Físicos em Medicina). Há forte demanda por estes profissionais, e o IFGW deveria estudar como incluir entre suas opções a especialização, ou até mesmo uma modalidade de bacharelado, em física médica. Na Unicamp temos tudo para isto: Faculdade de Medicina, Hospital, Instituto de Biologia. Só falta querer fazer.

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  13. A multidisciplinaridade, a formação abrangente e a ética: Formação fundamental – Redação, Filosofia da Ciência e Ética do Cientista
  14. Talvez mais do que qualquer outro profissional, o físico precisa saber aprender. A formação fundamental é essencial, em física e matemática, mas é preciso atentar também para outros aspectos. A capacidade de escrever correta e claramente é requisito profissional essencial – basta pensar em quantos projetos, relatórios e artigos cada um de nós tem que redigir. Conhecimentos sobre os fundamentos da filosofia da ciência e da ética também são pré-requisitos para um bom desenvolvimento profissional. A oportunidade de cursar disciplinas de outras áreas é também muito importante não só pelo conteúdo a ser aprendido, mas também, pelo exercício intelectual de conhecer outras maneiras de apreensão e desenvolvimento do conhecimento.

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  15. Educar cientistas: Aumentar o número de bolsistas de IC e o Trabalho de Graduação
  16. Para formar cientistas é preciso que os estudantes atuem na geração do conhecimento. Para isto devemos buscar o aumento do número de bolsistas de IC no IFGW. Há unidades da Unicamp onde um terço dos alunos tem bolsas de IC, enquanto no IFGW este número é mais próximo de 20%. De maneira complementar deve-se estudar a criação de uma disciplina na graduação destinada à realização de um Trabalho de Graduação, a ser realizado como pré-requisito para a formatura. Este trabalho seria supervisionado por um docente e apresentado ao final do semestre a uma banca de avaliação. A intensificação deste tipo de experiência prática em pesquisa (fazer pesquisa em vez de ouvir contar o que é pesquisa) é muito importante para permitir que no futuro os estudantes formados no IFGW possam se inscrever diretamente em programas de doutoramento, sem ter que fazer um mestrado.

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  17. A infra-estrutura: Organizar com os Departamentos e CPG a aplicação efetiva dos recursos de Reserva Técnica da Fapesp e da CAPES para manter/melhorar a infra-estrutura
  18. Hoje em dia há oportunidades de financiamento para apoio à infra-estrutura. A Fapesp introduziu um novo sistema de Reserva Técnica, com percentuais mais altos, destinados justamente a permitir a manutenção de infra-estrutura para pesquisa. É preciso que o IFGW organize em seus Departamentos estes investimentos, priorizando as aplicações em infra-estrutura de uso geral.

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  19. Esforço permanente para a qualificação dos funcionários
  20. Para desenvolvermos completamente a potencialidade do IFGW é preciso investir na formação e qualificação de todos os nossos funcionários. Cursos de línguas, de formação técnica, acesso a publicações especializadas em seus campos de atividades, tudo isto pode contribuir para esta qualificação permanente. Ao mesmo tempo é preciso que a progressão premie este esforço, ao lado de premiar o trabalho bem feito e a dedicação aos objetivos institucionais. Para a progressão na carreira é essencial desenvolvermos indicadores que permitam maior objetividade no processo e também que levem em conta os esforços de equipes, e não somente os esforços individuais. Deveremos também utilizar as verbas de vacância para reenquadramentos e progressões.

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  21. A interação com a empresa: Organizar periodicamente simpósios e workshops conjuntos com empresas – Cursos de Extensão
  22. O IFGW pode ter um papel muito mais ativo em difundir a importância que físicos podem ter na empresa. Para isto é necessário estabelecermos mecanismos de contato intenso e permanente com indústrias, associações empresariais, sindicatos. Mesmo que a Unicamp tenha setores voltados para esta atividade, não devemos "esperar sentados", visto que a experiência na atividade de interação com empresas é reduzida na universidade brasileira. Algumas iniciativas neste tópico podem ser: estabelecimento de bolsas para IC na empresa (v. 14), realização de simpósios e workshops conjuntos com empresas para discussão de possibilidades e resultados de pesquisa, estímulo a projetos em parceria com apoio da Fapesp ou PADCT. Os cursos de extensão precisam passar a ser uma atividade importante no IFGW, como instrumento para contribuirmos à qualificação profissional que ao mesmo tempo nos aproxima das empresas e de suas necessidades, além de render recursos para a unidade.

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  23. A interação com a sociedade: contribuir à educação em ciências
  24. O desenvolvimento de qualquer sociedade no século que se aproxima dependerá intensivamente do número de pessoas com formação adequada em ciências e tecnologia. O IFGW deve contribuir ao desenvolvimento do ensino de ciências e da valorização da ciência nas escolas de nível básico e médio. Há oportunidades para isto, inclusive com financiamentos, como o Programa de Apoio ao Ensino Público da Fapesp. Este é um esforço que não é puramente altruísta, visto que um aumento da valorização da ciência no ensino das crianças deverá reverter em maior interesse por carreiras como a física.

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  25. A formação do pós-graduando: Buscar mais alunos - Oportunidades para treinamento didático dos pós-graduandos – Serviço de Assistência Didática
  26. A busca do aumento dos candidatos aos cursos de pós-graduação deve ser constante, como instrumento para atrair para o instituto os melhores graduados do Brasil e também de outros países vizinhos. Para isto é preciso um esforço de divulgação mais intensivo e coordenado, que deve incluir com destaque a realização de eventos com a participação de estudantes no IFGW – Escolas, Seminários, Workshops. A Unicamp oferece hoje infra-estrutura adequada para estas atividades, e cabe ao IFGW se organizar para promovê-las com constância. Na formação do pós-graduando, tem sido dado destaque na Unicamp para o envolvimento em atividades didáticas, e devemos fazer o mesmo no IFGW. Isto requer a organização interna de um serviço de apoio ao pós-graduando para que ele se prepare para esta atividade. É interessante aprendermos com a experiência de outras organizações mais tradicionais – veja por exemplo como isto é organizado em Michigan (http://wxweb.msu.edu/~taprog/handbook.htm) e em Berkeley (http://amber.berkeley.edu:5900/gsi/). O IFGW deve defender a organização na Unicamp de serviços análogos, ao mesmo tempo que desenvolve internamente esta atividade com um Serviço de Assistência Didática.

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  27. As perspectivas profissionais II: Colocação Profissional - Iniciação Científica na Empresa – Empresa Júnior
  28. O instituto deve contribuir ativamente para buscar oportunidades profissionais para seus alunos e ex-alunos em empresas. O estabelecimento de uma quota de bolsas de IC para o desenvolvimento de trabalhos de interesse de empresas, realizados até mesmo nas próprias empresas, seria uma maneira de demonstrar a utilidade de físicos para a indústria. A diretoria do IFGW deve articular estes projetos para que sejam submetidos a agências de financiamento ou obter outros apoios. Esta interação nos levará na direção de conhecermos melhor a empresa e sermos por ela conhecidos, criando as oportunidades para a colocação profissional de físicos. A atividade da Empresa Júnior do IFGW deve ser apoiada intensivamente.

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  29. A contribuição à Unicamp: Recuperar a importância das disciplinas básicas para as engenharias
  30. O prestígio do IFGW na Unicamp não depende somente da capacidade do instituto de formar bons físicos. Depende, e muito, do sucesso do instituto em dar uma formação fundamental completa e rigorosa em física aos estudantes de outras áreas, especialmente a engenharia. A partir da reestruturação das disciplinas básicas, que recuperou a qualidade do ensino neste nível, chegamos agora a um novo patamar de desafio: recuperar para o instituto o ensino de física para estudantes de vários cursos de engenharia. Este é um esforço importante que as faculdades de engenharia da Unicamp podem vir a valorizar, desde que se estabeleça um diálogo efetivo entre as partes interessadas.

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  31. Informatização dos serviços
  32. O IFGW tem utilizado pouco as potencialidades do Web e das Intranets para simplificar procedimentos, tais como solicitação de serviços, acompanhamento de orçamento e despesas, troca interna de informações, debates sobre temas conceituais. Deveremos organizar isto como um serviço dentro da Home Page do IFGW, que hoje já é bem informativa quanto às atividades e desenvolvimentos do instituto.


Carlos Henrique de Brito Cruz

Nasceu no Rio de Janeiro em 1956. Foi educado no Grupo Escolar do Aeroporto e no Colégio Dante Alighieri em São Paulo, no Instituto Tecnológico de Aeronáutica em S.J. dos Campos (Engenheiro de Eletrônica, Turma 78) e na Unicamp (Mestre em Ciências, 1980 e Doutor em Ciências, 1983). Foi fundador da primeira empresa de manufatura de lasers no Brasil, a Lasertec Lasers Industriais (1976) da qual se desligou em 1980 para dedicar-se exclusivamente à carreira acadêmica. Trabalhou na Universitá degli Studi (Roma, 1980-81) e nos AT&T Bell Laboratories (Holmdel, NJ, 1986-87). Docente na Unicamp desde 1982, orientou 9 Dissertações de Mestrado e 7 Teses de Doutorado (2 em coorientação). Publicou mais de 50 trabalhos em revistas arbitradas e seus trabalhos já foram citados mais de 1.500 vezes na literatura técnica internacional. Foi 2° Vice-Presidente da Adunicamp (1983-85) e membro de seu Conselho de Representantes. Participou como representante docente da Congregação do Instituto de Física e do Conselho Universitário da Unicamp (1987-91). Foi Diretor do Instituto de Física (1991-94) e membro do Comitê Assessor da área de Física e Astronomia do CNPq e Pró-Reitor de Pesquisa da Unicamp (1994-1998). É Presidente do Conselho Superior da Fapesp, Vice-Presidente da Sociedade Brasileira de Física e membro do International Advisory Committee da Optical Society of America. Membro do Conselho Estadual de Ciência e Tecnologia (CONCITE) desde 1995, participou ativamente da elaboração de uma Política para Tecnologia no Estado de São Paulo, e de vários outros debates e elaborações sobre C&T e Ensino Superior em foros estaduais e federais.


Carola Dobrigkeit Chinellato

Nasceu em Hamburgo, Alemanha, em 1952. Sua formação escolar foi obtida em Campinas, no atual Colégio Rio Branco e no Colégio Estadual Culto à Ciência. É Bacharel em Física pela Unicamp (1973) e Doutor em Ciências pela mesma instituição (1982). Seu pós-doutorado foi feito na Universidade de Heidelberg, Alemanha(1989/90).Desde sua iniciação científica está ligada ao Departamento de Raios Cósmicos do Instituto de Física e suas atividades de pesquisa sempre na área da Física da Radiação Cósmica. Participa ativamente da Colaboração Brasil-Japão de Raios Cósmicos desde 1974 e desenvolve trabalhos também no Projeto Pierre Auger, uma colaboração internacional para a construção de observatório de partículas da radiação cósmica de energias macroscópicas. Colabora também com um grupo de pesquisadores do Forschungszentrum Karlsruhe, Alemanha, no projeto Kascade, onde esteve em várias oportunidades. Tem cerca de vinte publicações em revistas indexadas nos últimos dez anos e mais de setenta contribuições completas publicadas nos anais das conferências internacionais de Raios Cósmicos nos últimos vinte anos. Apresentou cerca de sessenta trabalhos em congressos nacionais. Orientou duas teses de mestrado e atualmente orienta um trabalho de doutorado e dois de mestrado. Orientou mais de uma dezena de trabalhos de iniciação científica. Foi Coordenadora Associada da Graduação do IFGW de 1993 a 1996 e tem participado, como representante do Departamento de Raios Cósmicos e Cronologia, da Comissão de Graduação do IFGW durante vários períodos ao longo de vinte anos. Participou da organização de vários congressos nacionais e um internacional, além de quatro escolas internacionais. Colaborou como editor de vários livros e anais de congressos e escolas. Ministrou várias palestras a convite em instituições nacionais e internacionais. Foi representante de professores junto à Congregação do IFGW. É assessora científica da FAPESP e do FAEP/UNICAMP, além da Japan International Cooperation Agency, da Coordenadoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Estadual de Londrina e membro de comissão da SBF.


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