SOBRE O VESTIBULAR DA UNICAMP
Ao longo de minha carreira na UNICAMP, e comparando o vestibular com o curso
de ingresso da Universidad Nacional de La Plata (anos 1966-1975) opino que
deveria-se:
> Chamar a inscrição por concurso para provisão
dos cargos. Isso permitiria escolher melhores funcionários e
também evitar favoritismos.
> Dar mais peso ainda à nota do Provão, e tentar unificar
vestibulares com outras
universidades.
> Escolher os livros para leitura em sincronismo com outros vestibulares.
É absurdo pretender
que um candidato va ler todos os livros de todos os vestibulares onde vai
se apressentar.
> Reduzir o valor da taxa para todos, e não cobrar taxa para
alunos diplomados em escola pública.
Nesse caminho, pode-se não obrigar a comprar o caderno de instruções,
por exemplo.
> Os professores que foram pegos colando, merecem processo sumário,
reivindicação de danos e prejuízos e, se forem da UNICAMP,
expulsão, no mínimo. Estou me referindo ao caso de Geografia,
de este ano (2002) onde um grupo agiu numa verdadeira formação
de quadrilha, repetindo um a nota do outro por meio de uma marcação
em código, para reduzir o trabalho de correção à
metade. O que esses delinquentes perderam com sua atitutde? Sequer os
nomes foram divulgados.
Se tivesse sido um candidato a colar, quanto ele tería perdido?
Quero dar um exemplo de erros em dois exercícios na área que
me compete, a física. Isto, sem desmerecer o conjunto da qualidade
do vestibular. Gostaría de receber comentários, tanto universitários
como das escolas que analizam os vestibulares, em particular, dos cursinhos.
ERROS NO VESTIBULAR DA UNICAMP, QUE ENTENDO NÃO FORAM PERCEBIDOS
NEM PELA UNICAMP NEM PELAS ESCOLAS ESPECIALIZADAS.
Anexo embaixo duas questões que não tem resposta possível.
A primeira, de 1990, informei
por ofício à COMVEST e achei que, pior do que errar na questão,
foi não responder a meu
ofício.
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Respostas aos exercícios sem resposta possível:
Ao de 1990:
Entende-se na parte a) que tendo o supercondutor a 30o C liga-se
o circuito. Não ha problema com esta parte do exercício.
Na parte b) a pergunta: Que corrente passará pela lâmpada se
a temperatura ambiente cair de 30oC para 0o?,
leva a crer que o circuito está ligado quando isso acontece, e a
temperatura começa a descer. Senão teria de dizer
"Se a temperatura no material agora for de 0o "
Assim, a temperatura do supercondutor vai depender do coeficiente de condução
térmica do invôlucro ou dele mesmo, que está a
0o na superfície externa, e dissipando calor. Não
se pode saber a temperatura no interior dele sem esse dado, o coeficiente
de condutividade têrmica, e mesmo com esse coeficiente, o problema ficaria
complexo demais para o nível do vestibular.
Ao de 1999:
Diz que a velocidade máxima é atingida (20 m/s) e depois
a força elástica do cabo começa a agir.
É errado porque a força elástica somente diminui a
quantidade de aceleração, mas continúa havendo
aceleração g-F/m, onde g é
constante, F a força elástica, e F/m é
uma aceleração contráira e crescente, que reduz a aceleração
g mas ha ainda aumento de velocidade.
Embora em menor proporção que antes, g será
neutralizada um tempo depois de a força no cabo estar agindo.
Ou seja que a velocidade continúa aumentando, mas em menor proporção,
um tempo depois de a corda começar a agir.
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de pesquisa do Prof. Lunazzi