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                          NOTÍCIAS SOBRE PESQUISAS DE FISICA RELACIONADAS AO COVID19

Prof. José Joaquín Lunazzi - Unicamp - Instituto de Física (IFGW)

Coloco aqui em ordem de data, notícias que vou recebendo por e-mail, de sociedades e publicações de óptica, e as que encontro na web. Sendo em outra língua, coloco um brevíssimo resumo.

Como citar esta página abreviadamente: https://tinyurl.com/lunazzicovid

Isto faz parte do trabalho do IFGW neste momento de pandemia, e são notícias que repasso a outros grupos internos, como o do Prof. Lázaro Padilha e o do Prof. Munemasa Machida, de que faço parte.

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Alunos de Física Médica do IFGW: Uma sugestão que faço é de incluir esses alunos nos trabalhos que desenvolvemos.
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RESPIRADOR SIMPLES (MIT-EUA, 30/03/2020) Descreve como desenhar um respirador emergencial automatizando um elemento manual comum.
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TESTE EM 1 h: (EUA) Uma empresa que desenvolve componentes ópticos mostra equipamento sul-coreano de que participa na realização, que realiza testes de COVID em uma hora somente.
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A INFECÇÃO PELO AR VISTA POR FÍSICOS

Desde o começo achei que não estava bem avaliada a presença posível do vírus no ar, falava-se que as gotículas caiam, mas quando ligo meu laser de mão de 300 mW sempre vejo partículas flutuantes no ambiente. Neste trabalho pesquisa-se com estimativas teóricas obtendo sugestões.
> Date: Mon, 30 Mar 2020 15:43:05 GMT (910kb,D)    > Title: A physicist view of the airborne infection

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CONVERSÃO DA ESTRUTURA DE PROTEINAS EM SOM
Interessante trabalho de nanotecnologia que garante converter as estruturas da proteína do COVID em música, evidenciando, p.ex., mutações.
Date: Mon, 30 Mar 2020 14:21:50 GMT (1497kb)
Title: Nanomechanical sonification of the 2019-nCoV coronavirus spike protein through a materiomusical approach
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PROPAGAÇÃO DAS GOTÍCULAS NO AR
Vídeo (depois de pular anúncios) onde pesquisadores japoneses mostram com detecção experimental a propagação das goticulas. 

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ESTÁ O VÍRUS SENDO SUSTENTADO PELO AR? (Revista Nature-EUA)

A matéria não o descarta, mas é prudente en afirmar isso, algo como dizer que se um teste dá negativo, não quer dizer que não poderia ser positivo.

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TECNOLOGIA ÚTIL DESENVOLVIDA NO BRASIL Revista FAPESP, São Paulo, 08/04/2020.

Comenta uma tecnologia que avalia a resistência elétrica (impedância) como maneira de automatizar ou melhor regular um respirador.

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DESINFECÇÃO POR RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA (da China, em inglês, 14/04/2020)

Perguntou Donald Trump sobre luz e chegou perto, não é luz senão radiação próxima: na China desenvolveram diodos ultravioleta em banda profunda que mata aos vírus em 30 segundos. Os usam os médicos, por enquanto, mas parece uma técnica promissora. Complementar, diria, não esqueçamos que a radiação eletromagnética viaja em linha reta, regiões de sombra só seriam atingidas pela reflexão ou difusão do ultravioleta pelas regiões vizinhas atingidas diretamente.
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RESPIRADOR, TEM DE SABER USAR E, AINDA MAIS, ESTIMAR BEM QUANDO VALE A PENA APLICAR

(Notícia da agência Reuters, em inglês). Coloca a situação em que nem sempre um paciente em estado delicado precisaria de respirador, o que faz mais delicado o diagnóstico.
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SOBRE COLABORAÇÃO ABERTA NA TROCA DE DADOS, E RESULTADOS COM IMPRESSORAS 3D
(Revista Nature-EUA) Descreve como no mundo inteiro os trabalhos estão sendo mais produtivos e rápidos graças a que a informação está sendo publicada rapidamente na internet, com acesso fácil e gratuito.

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INJETAR PODE MATAR (BBC, em inglês, 24/04/2020)

Voz autorizada dos EUA desautoriza ao ignorante e, mais que atrevido, irresponsável presidente dos EUA: injetar desinfetante pode ser mortal.

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QUANTO TEMPO PODE LEVAR ATÉ QUE SE TENHA UMA VACINA? (The New York Times-em Inglés, 01/05/10)

Coloca-se a intenção de acelerar o tempo normal, que sempre é de vários anos, pois é grande a prevenção no sentido de que seja o mais inócua possível, ou seja, sem efeitos colaterais. 18 meses. Mas é só um desejo, seria um recorde extraordinário e pouco provável. Há já umas 19 propostas, é preciso escolher algumas. Mas a fabricação sempre implicou construir novas fábricas pois cada vacina tem sua especificidade de produção: Seria possível aproveitar as que existem? Surge uma proposta onde o RNA geraria aos anticorpos no organismo da pessoa, reduzindo muito o tempo e o espaço de fabricação, mas seria a primeira vez que algo assim seria feito. 

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LIVRE DE PATENTE?

Trabalhos do Brasil, inclusive da Unicamp, oferecem o resultado para ser aplicado com a indicação "Livre de patente". Tenho estudado muito o tema patentes, nos EUA, na França e no Brasil (até o ano 1993), tendo feito algumas patentes e sido plagiado em algumas, no exterior e na Unicamp, e encontro que a mudança que foi feita na época da presidência de Bill Clinton nos EUA (que reflete logo no país, sobretudo na presidência de FHC) é que a patente, que era outorgada ao inventor, deixo de sê-lo. Foi feita a mudança alegando dar maior agilidade para que invenções sejam industrializadas. Quer dizer que, mesmo que você não patenteie, se outra pessoa o faz não pode ser impedida de ficar dona do direito de patente. Assim colocam-se enormes travas à liberação de patentes, pois seria preciso primeiro patentear (com todo o custo de tempo e dinheiro que isso implica) para depois, individualmente, dar o permiso de uso gratuita e livremente. Mesmo sem essa premisa, resulta incerto garantir que uma invenção é livre de patente se não se tem a certeza de que alguém já a patenteou, o que só resulta de uma pesquisa muito trabalhosa e, consequentemente cara. Mas considero que não devemos nos preocupar por produtos que tem pouca margem de dar um lucro significativo a alguma empresa.
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