Acredita-se que uma protoestrela de neutrons nasca a partir do colapso do nucleo de uma estrela massiva em conjuncao com uma explosao de supernova. Durante os primeiros segundos de evolucao, aproximadamente toda energia de ligacao eh irradiada em forma de neutrinos. A luminosidade de neutrinos eh controlada por varios fatores, alguns deles sendo a massa total da protoestrela de neutrons e a opacidade dos neutrinos em relacao a sua materia constituinte. Isso significa que equacoes de estado que pretendem descrever estrelas de nĂȘutrons devem, necessariamente, levar em conta a existencia de neutrinos aprisionados. Neste trabalho mostramos que ha uma diferenca importante na evolucao de protoestrelas de neutrons quando estas apresentam a formacao da pasta nuclear na sua crosta. A fase de desleptonizacao e resfriamento no inicio da vida da protoestrela de neutrons eh temporalmente mais longa em comparacao com uma protoestrela de neutrons constituida apenas de materia homogenea. Isso pode ser dito porque os coeficientes de difusao das equacoes de transporte que regem os processos de desleptonizacao e resfriamento da estrela sao sempre menores na presenca da pasta nuclear. A pasta nuclear eh calculada pelo metodo de coexistencia de fases impondo neutralidade de carga, equilibrio beta e aprisionamento de neutrinos. O coeficiente da energia de superficie nuclear eh calculado a partir de de tres parametrizacoes diferentes e vemos que, com uma das parametrizacoes, os resultados obtidos se aproximam muito da pasta nuclear calculada pelo metodo de Thomas-Fermi, o que confere credibilidade ao metodo aqui utilizado.