"Será só imaginação?
Será que nada vai acontecer?
Será que é tudo isso em vão?
Será que vamos conseguir vencer?"
(Legião Urbana, 1980)

Há mais de dez anos venho participando de diferentes instâncias políticas e administrativas da UNICAMP. Aprendi bastante, trabalhei muito, e acredito que, no âmbito de minha atuação, fiz contribuições positivas para a UNICAMP e acho que posso contribuir ainda mais para aprimorar nossa universidade.

Tenho vontade -- e até uma certa obrigação -- de continuar investindo na nossa universidade o que aprendi de política e de administração acadêmica neste tempo, implementando projetos com o grau de liberdade e de eficácia só possíveis a um reitor que apresente um programa onde ressoem aspirações da comunidade. Um programa a ser implementado junto com uma equipe afinada e sensível a demandas contemporâneas.

Candidatar-me à reitoria da UNICAMP não foi uma decisão fácil. Amadurecida ao longo de muitas reflexões e outras tantas conversas, uma vez decidida a candidatura, a adrenalina da disputa articula-se com a racionalidade essencial para a elaboração do projeto necessário e exeqüível para a UNICAMP, no contexto de redefinição de pactos políticos e sociais, na transição para uma nova ordenação legal da educação brasileira (LDB), e na soleira de um novo milênio.

Para ser adequado e factível, o programa precisa pautar-se por habilidades e saberes que aprendi a aprender no longo convívio que tenho tido com a comunidade UNICAMPense. Tais habilidades e saberes permitem reconhecer o que vai bem e deve ser mantido ou aprimorado e o que não vai bem e precisa ser mudado. E mais do que tudo, saber ouvir e debater para priorizar propostas e fundamentá-las em dados que avalizem sua exeqüibilidade.

É desse programa que se ocupa o presente documento.

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Programa de Gestão: Seção 1

Introdução